27 fevereiro 2018

Comissão à vista para sanear impasse da chapinha

Imagem: Reprodução

Nos bastidores da Frente Popular, estuda-se criar uma comissão pluripartidária para fazer as contas do que é melhor: sair todo mundo em um chapão ou separar os candidatos em duas chapas proporcionais. O colegiado, que está no radar de parlamentares aliados de Paulo Câmara, seria uma forma de pacificar o impasse que se deu após o PP, PDT, Solidariedade e PCdoB formarem uma chapinha visando à disputa para a Câmara Federal.

Há quem advogue que, em meio a uma aliança grande, recorrer a uma coligação só reduz o número de deputados no páreo apoiando o governador. Um chapa pode ter, no máximo, 37 candidatos. Organizar mais de uma chapa proporcional, como defende uma ala, pode permitir multiplicar o número de candidatos pedindo voto para o governador para, por exemplo, 74. Há quem aponte que, dado o volume elevado de postulantes com mais de 100 mil votos na aliança do governador, com uma chapa só, "só os mais estruturados teriam chance, tornando a disputa desigual". 

Nas coxias da Frente Popular, há os que defendem o nome do ex-prefeito de Olinda, Renildo Calheiros, para coordenar a comissão, caso ela venha a se consolidar. Na semana passada, o clima pesou na aliança do governador depois que Guilherme Uchoa Júnior, herdeiro do presidente da Alepe, Guilherme Uchoa, não foi aceito pelos membros da chapinha, em função da sua perspectiva de ter mais de 50 mil votos. Ontem, à coluna, o dirigente da Alepe observou que Renildo "conhece bem da matéria, é muito experiente". Referiu-se às chances de ele estar à frente da comissão. As costuras referentes à disputa proporcional são delicadas. O debate coloca em jogo o projeto eleitoral de cada deputado e é onde todo mundo tem um pouco de razão.


Folha PE

Nenhum comentário:

Postar um comentário