Triste Carnaval: Com atraso salarial, Água Preta gastou mais de 6 milhões com veículos

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Estamos vivenciando constantes recomendações as prefeituras por parte dos órgãos fiscalizadores do Estado. Muitos municípios foram notificados a não realização dos festejos carnavalescos deste ano.

Com salários de servidores atrasados e débito com fornecedores, muitos prefeitos vem atendendo as recomendações e se justificam com a priorização de pagamento dos débitos. 

A pouco mais de 100km do Recife, o município de Água Preta que possui mais de 35 mil habitantes, o prefeito Eduardo Coutinho (PSB) foi recomendado a não realizar gastos com festejos carnavalescos, especialmente festas e shows.

O Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) determinou a suspensão do Carnaval do município; A prefeitura do município é acusada de lançar um edital para contratação de “estrutura festiva”, no valor de R$ 600 mil, enquanto o pagamento dos salários dos servidores municipais, relativo a dezembro de 2016, ainda não foi pago. A medida foi tomada após pedido de liminar, feito pelo Ministério Público do Estado (MPPE), com base em recomendação do Ministério Público de Contas (MPCO). 

Após um ano, os funcionários ainda aguardam o pagamento por parte do gestor, que foi eleito em outubro de 2016 e após 13 meses demonstra total desinteresse na resolutividade do problema deixado por seu antecessor Armando Souto (PDT). 

Ao analisar as despesas repassadas ao Tribunal de Contas do Estado, destacamos os elevados valores gastos em 2017 com locação de veículos, foram mais de R$ 4.500.000,00 (quatro milhões e meio) destinados a apenas duas empresas que prestaram tais serviços a prefeitura. 

O valor é muito elevado quando levamos em conta também as despesas com combustíveis, foram gastos R$ 1.730.764,41, elevando para mais de 6 milhões as despesas com veículos em Água Preta. 

Acredito que com seriedade nos gastos públicos se tem condições de resolver tais despesas, principalmente quando ela abrange funcionários que tem efetuado seus trabalhos, já os veículos fica a critério da população julgar.

Blog de Cleiton Pereira